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quinta-feira, 15 de novembro de 2012

O SAPO E A COBRA- lenda africana

 O SAPO E A COBRA-lenda africana

O SAPO E A COBRA -Lenda africana

Lenda africana
(Esta fábula do folclore africano faz- nos refletir sobre como o mundo seria melhor sem os preconceitos que afastam as pessoas.)

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Era uma vez um sapinho que encontrou um bicho comprido, fino, brilhante e colorido deitado no caminho.
- Alô! Que é que você está fazendo estirada na estrada?
- Estou me esquentando aqui no sol. Sou uma cobrinha, e você?
- Um sapo. Vamos brincar?
E eles brincaram a manhã toda no mato.
- Vou ensinar você a pular.
E eles pularam a tarde toda pela estrada.
- Vou ensinar você a subir na árvore se enroscando e deslizando pelo tronco.
Eles subiram. Ficaram com fome e foram embora, cada um para sua casa, prometendo se encontrar no dia seguinte.
- Obrigada por me ensinar a pular.
- Obrigado por me ensinar a subir na árvore.
Em casa, o sapinho mostrou à mãe que sabia rastejar.
- Quem ensinou isso para você?
- A cobra, minha amiga.
- Você não sabe que a família Cobra não é gente boa? Eles têm veneno. Você está proibido de brincar com cobras. E também de rastejar por aí. Não fica bem.
Em casa, a cobrinha mostrou à mãe que sabia pular.
- Quem ensinou isso para você?
- O sapo, meu amigo.
- Que besteira! Você não sabe que a gente nunca se deu bem com a família Sapo? Da próxima vez, agarre o sapo e... Bom apetite! E pare de pular. Nós cobras não fazemos isso.
No dia seguinte, cada um ficou na sua.
- Acho que não posso rastejar com você hoje.
A cobrinha olhou, lembrou do conselho da mãe e pensou: "Se ele chegar perto eu pulo e devoro ele. "
Mas lembrou-se da alegria da véspera e dos pulos que aprendeu com o sapinho.
Suspirou e deslizou para o mato.
Daquele dia em diante, o sapinho e a cobrinha não brincaram mais juntos.
Mas ficavam sempre no sol, pensando no único dia em que foram amigos.

Lenda africana.

LENDA DO TAMBOR AFRICANO

LENDA DO TAMBOR AFRICANO







                                 ( CONTO POPULAR DA GUINÉ-BISSAU)


Dizem na Guiné que a primeira viagem à Lua foi feita pelo Macaquinho de nariz branco. Segundo dizem, certo dia, os macaquinhos de nariz branco resolveram fazer uma viagem à Lua a fim de traze-la para a Terra. Após tanto tentar subir, sem nenhum sucesso, um deles, dizem que o menor, teve a idéia de subirem uns por cima dos outros, até que um deles conseguiu chegar à Lua. Porém, a pilha de macacos desmoronou e todos caíram, menos o menor, que ficou pendurado na Lua. Esta lhe deu a mão e o ajudou a subir. A Lua gostou tanto dele que lhe ofereceu, como regalo, um tamborinho. O macaquinho foi ficando por lá, até que começou a sentir saudades de casa e resolveu pedir à Lua que o deixasse voltar. A lua o amarrou ao tamborinho para descê-lo pela corda, pedindo a ele que não tocasse antes de chegar à Terra e, assim que chegasse, tocasse bem forte para que ela cortasse o fio. O Macaquinho foi descendo feliz da vida, mas na metade do caminho, não resistiu e tocou o tamborinho. Ao ouvir o som do tambor a Lua pensou que o Macaquinho houvesse chegado à Terra e cortou a corda. O Macaquinho caiu e, antes de morrer, ainda pode dizer a uma moça que o encontrou, que aquilo que ele tinha era um tamborinho, que deveria ser entregue aos homens do seu país. A moça foi logo contar a todos sobre o ocorrido. Vieram pessoas de todo o país e, naquela terra africana, ouviam-se os primeiros sons de tambor.

UM CONTO AFRICANO: A TARTARUGA E O ELEFANTE

UM CONTO AFRICANO: A TARTARUGA E O ELEFANTE


RECONTO DE ROBSON A. SANTOS ( É MESTRE EM EDUCAÇÃO, ARTE E HISTÓRIA DA CULTURA, EDUCADOR BRINCANTE, PEDAGOGO, FOLCLORISTA, ESCRITOR E CONTADOR DE HISTÓRIAS. CONTATOS: PROFESSORROBSON@UOL.COM.BR)


LÁ PELAS TERRAS DISTANTES DA ÁFRICA, NA REGIÃO DO BENIN, AS MÃES CONTAM ESTA HISTÓRIA PARA SEUS FILHOS. ESTA HISTÓRIA CHEGOU AO BRASIL NO COLO DE UMA BONECA AFRICANA (NÃO ME PERGUNTEM COMO, SÓ SEI QUE FOI ASSIM QUE ACONTECEU). PRESTEM ATENÇÃO NA HISTÓRIA QUE EU VOU CONTAR!
CERTA VEZ, A TARTARUGA, QUE ERA MUITO ASTUTA E ARTEIRA, RESOLVEU PREGAR UMA PEÇA NO ELEFANTE. ESPALHOU PARA TODOS DA CIDADE QUE ELA CHEGARIA AO POVOADO MONTADO NAS COSTAS DO ELEFANTE, COMO SE ELE FOSSE O SEU CAVALO. TODOS RIRAM E ACHARAM QUE DESTA VEZ A TARTARUGA LEVARIA A PIOR.
COM UM PLANO NA CABEÇA, A TARTARUGA FOI ATÉ A FLORESTA PROCURAR O ELEFANTE QUE SE ENCONTRAVA CALMAMENTE TOMANDO SEU BANHO MATINAL.
- OLÁ, COMPADRE ELEFANTE! MUITO BOM DIA! SABE O QUE ANDAM DIZENDO DE VOCÊ LÁ NO POVOADO?
- BOM DIA, COMADRE TARTARUGA. NÃO SEI" O QUE ANDAM DIZENDO?
- QUE VOCÊ NÃO ENTRA LÁ PORQUE É MUITO GRANDE E DESAJEITADO E TEM MEDO DE ESTRAGAR ALGUMA COISA.
- ORA, MAS QUE DESAFORO. NÃO ENTRO LÁ PORQUE NEM SEI COMO CHEGAR AO POVOADO.
- POIS VAMOS RESOLVER ISSO AGORA! EU TE MOSTRO O CAMINHO. ASSIM QUANDO VOCÊ CHEGAR LÁ TODOS FICARÃO COM A CARA NO CHÃO. O ELEFANTE ACEITOU A OFERTA E SE PÔS A SEGUIR A TARTARUGA ATÉ O POVOADO. ANDARAM BASTANTE ATÉ QUE A MALANDRA DISSE:
- AI, COMPADRE, ESTOU MUITO CANSADA. BEM QUE VOCÊ PODIA ME DAR UMA CARONA EM SUAS COSTAS, NÉ? PELO SEU TAMANHO NEM VAI SENTIR MEU PESO. E O ELEFANTE COLOCOU A TARTARUGA EM SUAS COSTAS E CHEGOU À ENTRADA DO POVOADO.
- OLHA, COMPADRE, VAMOS FAZER UMA BRINCADEIRA COM A GENTE DO POVOADO. QUANDO EU COÇAR SUAS COSTAS VOCÊ CORRE E QUANDO EU COLOCAR MINHAS UNHAS EM SUAS COSTAS, VOCÊ EMPINA E COM ISSO TODOS FICARÃO DESLUMBRADOS.
E O ELEFANTE ACEITOU O COMBINADO E ASSIM FIZERAM ENTRE CORRIDAS E PULOS PELAS RUAS DO POVOADO. TUDO IA BEM, COM OS DOIS RINDO À VONTADE, ATÉ QUE A TARTARUGA DEIXOU ESCAPAR:
- NÃO FALEI QUE ENTRARIA NO POVOADO MONTADO EM MEU CAVALINHO? -E RIA PARA TODOS QUE A OLHAVAM ESPANTADOS.
- EI! - DISSE O ELEFANTE - POR ACASO EU SOU O SEU CAVALINHO? VOCÊ ME ENGANOU!
E PEGOU A TARTARUGA COM SUA TROMBA E COMEÇOU A AMEAÇÁ-LA:
- POIS AGORA EU VOU TE JOGAR NAQUELE PEDREIRA E VOCÊ VAI VER SÓ!
- PODE ME JOGAR QUE EU TENHO A CASCA DURA E NADA VAI ME ACONTECER.
- AH É! POIS ENTÃO VOU TE JOGAR NAQUELA LODAÇAL, NO MEIO DA LAMA...
- NA LAMA NÃO, POR FAVOR. NA LAMA NÃO, QUE TENHO MEDO DE ME AFOGAR.
- POIS É PARA LÁ QUE VOCÊ VAI!
E JOGOU A TARTARUGA NA LAMA. NA MESMA HORA EM QUE ELA AFUNDOU, JÁ SUBIU RINDO DA CARA DO ELEFANTE.
- AQUI É O LUGAR ONDE EU GOSTO DE FICAR.
E RIA DA CARA DO ELEFANTE. ELE BEM QUE TENTOU PISAR NELA, MAS SÓ CONSEGUIU SUJAR SUAS PATAS. ELE PISAVA DE UM LADO, ELA APARECIA DO OUTRO. ELE PISAVA DO OUTRO LADO E ELA APARECIA EM OUTRO LUGAR. FEZ ISSO UM TEMPÃO ATÉ QUE SE CANSOU E VOLTOU PARA A FLORESTA, DE CABEÇA BAIXA.
QUANDO CHEGOU À FLORESTA CONTOU PARA OS OUTROS ELEFANTES O QUE AHVAIA ACONTECIDO E ELES AINDA RIRAM DELE, DIZENDO QUE ELE NÃO DEVIA TER CONFIADO NA TARTARUGA.
E DESDE ENTÃO ELEFANTES E TARTARUGAS NÃO SÃO LÁ MUITO AMIGOS E DEPOIS DESSA PRESEPADA OS ELEFANTES QUASE NEM APARECEM NO POVOADO, POIS FICARAM COM VERGONHA.

Personalidades Negras que Marcaram a Historia do Brasil


Personalidades Negras que Marcaram a Historia do Brasil

 

Zumbi dos Palmares - nasceu livre em Palmares, Alagoas,  no ano de 1655, mas foi capturado e entregue a um padre português quando tinha aproximadamente seis anos. Foi batizado com o nome de Francisco,  aprendeu português e latim, e ajudava diariamente na celebração da missa. Fugiu aos quinze anos, em 1670. Em 1678, o governador da Capitania de Pernambuco, cansado do longo conflito com o Quilombo de Palmares, se aproximou do seu líder Ganga Zumba, oferecendo a liberdade para todos os escravos fugidos se o quilombo se submetesse à autoridade da Coroa Portuguesa. A proposta foi aceita, mas Zumbi rejeitou e desafiou a liderança de Ganga Zumba, prometendo continuar a resistência contra a opressão portuguesa, tornando-se  o novo líder do Quilombo de Palmares. Quilombo eram aldeias  localizadas em locais de difícil acesso, na mata virgem, para onde fugiam os negros que combatiam a escravidão.  Os quilombos representaram uma das principais formas de  resistências  no Brasil Colônia. Seus habitantes eram chamados de quilombolas.  
Zumbi foi morto em  20 de novembro de 1695 lutando contra os opressores. Zumbi é um símbolo da resistência e  da luta contra a escravidão.  O dia de sua morte, 20 de novembro, é lembrado e comemorado em todo o território nacional como o Dia da Consciência Negra, como determina a Lei 10.639, de 9 de Janeiro de 2003, que inclui  no currículo oficial de todas as escolas do pais,  a obrigatoriedade da temática "História e Cultura Afro-Brasileira", alterada  pela Lei 11.645, de 10 de Março de 2008, para incluir  a  “História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena”. Veja estas Leis na coluna à direita deste blog.  Zumbi vive!  Viva Zumbi !
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Mãe Menininha do Gantois
Nascida no Centro Histórico de Salvador em 10 de fevereiro de 1894, Mãe Menininha do Gantois, como ficou conhecida Maria Escolástica da Conceição Nazaré, teve como pais Joaquim e Maria da Glória. Descendente de escravos africanos, ainda criança foi escolhida para ser Iyálorixá no terreiro Ilê Iyá Omi Axé Iyamassê, fundado em 1849 por sua bisavó, Maria Júlia da Conceição Nazaré, cujos pais eram originários de Agbeokuta, sudoeste da Nigéria.
Foi a quarta das Iyálorixá do Terreiro do Gantois e a mais famosa do País. Iniciada no culto aos orixás de Keto aos oito anos de idade, assumiu definitivamente o terreiro aos 28. Foi uma das principais articuladoras do término das restrições a cultos impostas pela Lei de Jogos e Costumes de 1930, que condicionava a realização de rituais à autorização policial e limitava o horário de término dos rituais às 22 horas.
Símbolo da luta pela aceitação do candomblé pela cultura dominante, Mãe Menininha abriu as portas do Gantois aos brancos e católicos. Nunca deixou de assistir às celebrações de missa e convenceu os bispos baianos a permitirem a entrada de mulheres – inclusive ela – vestidas com as roupas tradicionais das religiões de matriz africana nas igrejas. A Iyálorixá faleceu de causas naturais, aos 92 anos de idade.

Lima Barreto

Filho de escravos em um Brasil que lutava para abolir oficialmente a escravidão, Afonso Henriques de Lima Barreto teve oportunidade de boa instrução escolar, vindo a tornar-se jornalista e um dos mais importantes escritores e militantes da causa do País. Ainda jovem, aprendeu a trabalhar com tipografia e, em 1902, começou a contribuir para a imprensa brasileira, escrevendo para pequenos veículos de comunicação.
Em jornais de maior circulação, começou a escrever em 1905, destacando-se, especialmente, no jornal Correio da Manhã, ao realizar uma série de reportagens sobre a demolição do Morro do Castelo. Posteriormente, passou a colaborar em vários jornais e revistas, sendo considerado um dos maiores críticos contra o regime republicano. Simpático ao anarquismo, passou a militar na imprensa socialista.
Resultado das lembranças do fim do período imperial no Brasil, bem como remotas recordações da Abolição da Escravatura, os livros de Lima Barreto são pincelados com indisfarçáveis traços autobiográficos. Eles começaram a ser publicados em 1909, em Portugal, sendo o primeiro o romance Recordações do escrivão Isaías Caminha. O autor teve publicados 11 livros. Sua obra mais famosa é Triste fim de Policarpo Quaresma. 


João Cândido Felisberto


Militar brasileiro, João Cândido Felisberto, o Almirante Negro, nasceu em 24 de junho de 1880 em Encruzilhada, Rio Grande do Sul, numa família de ex-escravos. Entrou para a Marinha do Brasil aos 14 anos, onde presenciou penalidades a chibatadas sobre seus companheiros, apesar de este tipo de castigo ter sido abolido em 1890.

No ano de 1910, liderada por João Cândido, a tripulação da embarcação Minas Gerais se revoltou contra seu comandante, que castigara um dos homens da tripulação com 25 chibatadas. O marinheiro passou a reivindicar o fim dos maus-tratos psicológicos e das punições corporais, liderando assim a Revolta da Chibata.

Outras reivindicações do movimento foram o aumento de salário, a redução da jornada de trabalho e a anistia dos revoltosos. A principal conquista da rebelião foi o compromisso do governo da época de acabar com a chibata na Marinha. João Cândido foi expulso da corporação ainda em 1910, sob acusação de ter favorecido os rebeldes. Faleceu no Rio de Janeiro aos 89 anos.

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Juliano Moreira

Afro-descendente nascido na capital da Bahia, Juliano Moreira ingressou na Faculdade de Medicina do Estado em 1886, apesar da origem humilde. Um dos pioneiros na psiquiatria brasileira, foi o primeiro professor universitário a citar e incorporar a teoria psicanalítica em suas aulas, além de ter representado o Brasil em congressos internacionais como os de Paris, Berlim, Lisboa e Milão nos anos de 1900.
Moreira contrariou o pensamento racista existente no meio acadêmico de sua época, que atribuia os problemas psicológicos dos brasileiros à miscigenação. À frente do Hospício Nacional dos Alienados do Rio de Janeiro, humanizou o tratamento e acabou com a clausura dos pacientes. Defendeu a idéia de que a origem das doenças mentais se devia a fatores físicos e situacionais, como a falta de higiene e de acesso à educação.
Uma de suas principais lutas foi a reformulação da assistência psiquiátrica pública.
Destacou-se por incentivar a promulgação da primeira lei federal de assistência aos alienados em 1903, ao mesmo tempo em que sugeriu novos formatos institucionais e de tratamento para as doenças mentais. Deve-se a esse grande cientista e gestor afro-brasileiro a criação do Manicômio Judiciário e a aquisição do terreno para construção da Colônia Juliano Moreira.

Antonieta de Barros


Nascida em 11 de julho de 1901, Antonieta de Barros foi a primeira mulher a integrar a Assembleia Legislativa de Santa Catarina. Educadora e jornalista atuante, teve que romper muitas barreiras para conquistar espaços que, em seu tempo, eram inusitados para as mulheres – e mais ainda para uma mulher negra.

Deu início às atividades como jornalista na década de 1920, criando e dirigindo em Florianópolis, onde nasceu, o jornal A Semana, mantido até 1927. Na mesma década, dirigiu o periódico Vida Ilhoa, na mesma cidade. Como educadora, fundou o Curso Antonieta de Barros, que dirigiu até a sua morte, em 1952, além de ter lecionado em outros três colégios.

Manteve intercâmbio com a Federação Brasileira pelo Progresso Feminino e, na primeira eleição em que as mulheres brasileiras puderam votar e receberem votos, filiou-se ao Partido Liberal Catarinense, que a elegeu deputada estadual. Tornou-se, desse modo, a primeira mulher negra a assumir um mandato popular no Brasil, trabalhando em defesa dos diretos da mulher catarinense.

 Mãe Aninha
Filha de africanos, Eugênia Anna Santos, a ialorixá Obá Biyi, nasceu em Salvador. Mais conhecida como Mãe Aninha, ela foi instruída no candomblé do Engenho Velho – a casa de Mãe Nassô –, fundado por volta de 1830 e o primeiro a funcionar regularmente na Bahia. Saiu de lá para formar uma nova casa, o Ilê Axé Opô Afonjá, hoje considerado Patrimônio Histórico Nacional.
Mãe Aninha sempre lutou para fortalecer o culto do candomblé no Brasil, além de garantir condições para o seu livre exercício. Por intermédio do ministro Osvaldo Aranha, que era seu filho de santo, Mãe Aninha provocou a promulgação do Decreto Presidencial nº 1202, no primeiro governo de Getúlio Vargas, pondo fim à proibição aos cultos afro-brasileiros em 1934. 
Em sua época, foi uma personalidade importante, muito respeitada e popular, principalmente nos candomblés do Estado da Bahia. Falecida no ano de 1938, a ialorixá Mãe Aninha foi sucedida por Mãe Bada de Oxalá e, posteriormente, por Maria Bibiana do Espírito Santo, Oxum Muiuá, popularmente conhecida como Mãe Senhora de Oxum.
Carolina de Jesus


Filha de negros, Carolina de Jesus nasceu em Sacramento, Estado de Minas Gerais. De família pobre, a intelectual brasileira contou com a proteção de Maria Leite Monteiro de Barros, que patrocinou seus estudos. Célebre intérprete lírica brasileira, Carolina foi também escritora e tem em sua obra um importante referencial para os estudos culturais no Brasil e no mundo.

Por meio de sua escrita de contestação, Carolina revela a importância do testemunho como meio de denúncia sociopolítica de uma cultura hegemônica que exclui. Sua obra mais conhecida é Quarto de despejo, que resgata e delata uma face da vida cultural brasileira no início da modernização da cidade de São Paulo e do surgimento de suas favelas.

Sua obra, que é considerada a literatura das vozes subalternas, inspirou diversas expressões artísticas, como a letra do samba Quarto de despejo, de B. Lobo; o texto em debate no livro Eu te arrespondo, Carolina, de Herculano Neves; a adaptação teatral de Edy Lima e o filme Despertar de um sonho, realizado pela Televisão Alemã, utilizando a própria Carolina de Jesus como protagonista.


Luiz Gama


Filho de fidalgo português com uma africana, Luiz Gonzaga Pinto da Gama nasceu livre em Salvador, porém, aos 10 anos, foi vendido como escravo pelo pai para pagar uma dívida de jogo. Foi transportado para o Rio de Janeiro e mais uma vez vendido num lote de mais de cem escravos, dessa vez, seguindo para a Província de São Paulo. Aprendeu os ofícios do escravo doméstico – copeiro, sapateiro, lavagem e passagem de roupas.

Aos 17 anos, serviu ao estudante Antônio Rodrigues de Araújo, que se hospedou na fazenda onde Luiz vivia. O jovem tornou-se seu amigo e o ensinou a ler e escrever. Frequentou o curso de Direito, que não chegou a completar. Tornou-se jornalista renomado ligado aos círculos do Partido Liberal. Junto a Rui Barbosa, fundou o jornal Radical Paulistano em 1869. Foi líder da Mocidade Abolicionista e Republicana.

Sua liderança deu origem ao movimento abolicionista paulista. Apesar de não ter se formado, tinha autorização do poder judiciário para exercer a advocacia em primeira instância. Sozinho, foi o responsável pela libertação de mais de mil cativos, um feito notável considerando-se que agia exclusivamente com o uso da lei. Luiz Gama faleceu vítima de diabetes na cidade de São Paulo em 1882.


Abdias do Nascimento


Nascido em 1914 no município de Franca, Estado de São Paulo, Abdias foi filho de Dona Josina, a doceira da cidade, e Seu Bem-Bem, músico e sapateiro. Embora de família pobre, conseguiu se diplomar em contabilidade em 1929. Aos 15 anos alistou-se no exército e foi morar na capital São Paulo, onde anos depois se engajou na Frente Negra Brasileira e se envolveu na luta contra a segregação racial.

Dramaturgo, poeta e pintor, atuou também como deputado federal, senador e secretário de Estado onde desenvolveu aspectos dessa luta. Autor das obras Sortilégio, Dramas para Negros e Prólogo para Brancos e O Negro Revoltado, relatou em seus livros as realidades quilombolas e levantou temas como o pensamento dos povos africanos, combate ao racismo, democracia racial e o valor dos orixás nas religiões de matriz africana.

Com uma trajetória marcada pelo ativismo, Abdias teve como resultado de suas iniciativas importantes desdobramentos na defesa e na inclusão dos direitos dos afrodescendentes brasileiros. Conquistas de suas lutas foram a contemplação da natureza pluricultural e multiétnica do país na Constituição de 1988, a criminalização do racismo e os primeiros processos de demarcação das terras de quilombos.


Ernesto Carneiro

Médico e literato brasileiro nascido em Itaparica, Estado da Bahia, o afrodescendente Ernesto Carneiro Ribeiro foi pioneiro ao produzir uma gramática baseada na língua portuguesa. Diferente das gramáticas então existentes, expôs e defendeu a normatização de peculiaridades da língua oficialmente falada no país. Formado em medicina, Ernesto dedicou-se ainda ao magistério.

Polêmico, foi responsável por famosos debates linguísticos sobre o parecer do jurista Rui Barbosa em relação aos oito volumes do Projeto do Código Civil Brasileiro, publicado pela Imprensa Nacional (1902). Envolvido a contragosto na apreciação do projeto, destacou aspectos do português falado no Brasil, nunca antes percebidos pelos gramáticos.

Sobre o assunto, publicou A redação do projeto do código civil (1902) e A réplica do dr. Rui Barbosa (1905). Quando recém-proclamada a República, participou de uma comissão formada pelo governador Manuel Vitorino, destinada a elaborar um plano de ação educacional. Ernesto Carneiro faleceu em sua terra natal, em 13 de novembro (1920), aos 81 anos.


PROCLAMAÇÃO DA REPÚBLICA



PROCLAMAÇÃO DA REPÚBLICA- 15 de novembro











PROCLAMAÇÃO DA REPÚBLICA - 15 de novembro


No dia 15 de novembro de 1889, aconteceu a proclamação que transformou o Brasil em um país de regime republicano. Antes disso, nosso país era um império organizado a partir do rompimento dos laços coloniais com Portugal. A proclamação republicana foi resultado da ação de um grupo de militares, que se colocou contra o governo imperial que era liderado por Dom Pedro II.
A ação dos militares brasileiros realizou-se numa época em que os movimentos de oposição contra o império já aconteciam. No fim do século XIX, vários intelectuais e políticos acreditavam que o Império não era o melhor para o país. A ideia de um governo controlado por um imperador, portando muitos poderes, era entendida como algo que dificultava o desenvolvimento da nação.
Além disso, havia uma grande oposição ao governo imperial por conta do trabalho escravo. A escravidão era interpretada como um tipo de trabalho que impedia o processo de modernização de nossa sociedade, de nossa economia. Portanto, a escravidão deveria ser combatida. Contudo, esse mesmo regime era mantido pelo governo imperial. Com isso, muitos defensores do fim da escravidão também se transformaram em críticos do governo de Dom Pedro II.
Nesse conjunto de transformações, alguns militares engrossaram a fileira dos que não concordavam com o governo de Dom Pedro II. Após a Guerra do Paraguai, ocorrida entre 1864 e 1870, os militares brasileiros ganharam muito prestígio mediante a vitória do país nesse conflito. Valorizados pelo conflito, passaram a exigir maior valorização com melhores salários e a formação de uma carreira mais interessante. Na medida em que o império não cumpria todas essas exigências, importantes figuras do Exército passaram a se contrapor à ordem imperial.
Não bastando esse movimento, devemos destacar o problema surgido nessa mesma época entre o imperador e a Igreja Católica. No fim do século XIX, o papa havia decretado que os católicos envolvidos com a maçonaria deveriam ser expulsos da Igreja. O imperador, que era católico e simpático à maçonaria, acabou não seguindo essa exigência e impediu que os bispos brasileiros seguissem as recomendações papais.
Nesse período, essas tensões cresciam e a abolição da escravidão, decretada em 1888, acabou piorando a situação de Dom Pedro II. Os grandes fazendeiros proprietários de escravos se sentiram desamparados pela Coroa e também passaram a se voltar contra o rei. Nesse contexto de críticas e oposições, passou a correr um boato de que Dom Pedro II iria realizar uma grande reforma nas Forças Armadas, retirando da corporação os militares que se opunham ao Império.
Essa polêmica, alimentada ao longo do ano de 1889, acabou mobilizando um grupo de militares que exigiam a anulação dessa reforma. Alguns outros, já percebiam nessa oportunidade a situação ideal para impor a dissolução do Império Brasileiro. Foi entre essas duas propostas que o marechal Deodoro da Fonseca, líder do Exército, foi convocado para liderar a ação que deu fim à monarquia brasileira. No dia 15 de novembro daquele ano começava o regime republicano brasileiro.
A partir daquele momento, dava-se início a um novo tipo de governo político em nossa história. Na república, temos a organização de um governo que deveria dar mais autonomia aos estados e maior direito de participação política aos cidadãos do país. Apesar de esses serem os dois pilares do nosso regime, foram muitas ainda as lutas e transformações que viriam a garantir realmente essas duas mudanças em nossa realidade política. Ou seja, o 15 de novembro foi apenas um primeiro passo de uma longa estrada a se construir.

Por Rainer Gonçalves Sousa
Colaborador Escola Kids
Graduado em História pela Universidade Federal de Goiás - UFG
Mestre em História pela Universidade Federal de Goiás - UFG


FONTE: http://www.escolakids.com/a-proclamacao-da-republica-no-brasil.htm



Resumão da história da Proclamação da República



Brasil República – República Velha : O período que vai de 1889 a 1930 é conhecido como a República Velha. Este período da História do Brasil é marcado pelo domínio político das elites agrárias mineiras, paulistas e cariocas. O Brasil firmou-se como um país exportador de café, e a indústria deu um significativo salto. Na área social, várias revoltas e problemas sociais aconteceram nos quatro cantos do território brasileiro.

A República da Espada (1889 a 1894) : Em 15 de novembro de 1889, aconteceu a Proclamação da República, liderada pelo Marechal Deodoro da Fonseca. Nos cinco anos iniciais, o Brasil foi governado por militares. Deodoro da Fonseca, tornou-se Chefe do Governo Provisório. Em 1891, renunciou e quem assumiu foi o vice-presidente Floriano Peixoto.  O militar Floriano, em seu governo, intensificou a repressão aos que ainda davam apoio à monarquia.




A Constituição de 1891 ( Primeira Constituição Republicana) : Após o início da República havia a necessidade da elaboração de uma nova  Constituição, pois a antiga ainda seguia os ideais da monarquia.
A constituição de 1891, garantiu alguns avanços políticos, embora apresentasse algumas limitações, pois representava os interesses das elites agrárias do pais. A nova constituição implantou o voto universal para os cidadãos ( mulheres, analfabetos, militares de baixa patente ficavam de fora ). A constituição instituiu opresidencialismo e o voto aberto.


República das Oligarquias : O período que vai de 1894 a 1930 foi marcado pelo governo de presidentes civis, ligados ao setor agrário. Estes políticos saiam dos seguintes partidos: Partido Republicano Paulista (PRP) e Partido Republicano Mineiro (PRM). Estes dois partidos controlavam as eleições, mantendo-se no poder de maneira alternada. Contavam com o apoio da elite agrária do país.
Dominando o poder, estes presidentes implementaram políticas que beneficiaram o setor agrário do país, principalmente, os fazendeiros de café do oeste paulista.

Política do Café-com-Leite : A maioria dos presidentes desta época eram políticos de Minas Gerais e São Paulo. Estes dois estados eram os mais ricos da nação e, por isso, dominavam o cenário político da república. Saídos das elites mineiras e paulistas, os presidentes acabavam favorecendo sempre o setor agrícola, principalmente do café (paulista) e do leite (mineiro). A política do café-com-leite sofreu duras críticas de empresários ligados à indústria, que estava em expansão neste período.
Se por um lado a política do café-com-leite privilegiou e favoreceu o crescimento da agricultura e da pecuária na região Sudeste, por outro, acabou provocando um abandono das outras regiões do país. As regiões 
Nordeste, Norte e Centro-Oeste ganharam pouca atenção destes políticos e tiveram seus problemas sociais agravados.

coronelismo A figura do "coronel" era muito comum durante os anos iniciais da República, principalmente nas regiões do interior do Brasil. O coronel era um grande fazendeiro que utilizava seu poder econômico para garantir a eleição dos candidatos que apoiava. Era usado o voto de cabresto, em que o coronel (fazendeiro) obrigava e usava até mesmo a violência para que os eleitores de seu "curral eleitoral" votassem nos candidatos apoiados por ele. Como o voto era aberto, os eleitores eram pressionados e fiscalizados por capangas do coronel, para que votasse nos candidatos indicados. O coronel também utilizava outros "recursos" para conseguir seus objetivos políticos, tais como: compra de votos, votos fantasmas, troca de favores, fraudes eleitorais e violência.

A crise da República Velha e o Golpe de 1930 : Em 1930 ocorreriam eleições para presidência e, de acordo com a política do café-com-leite, era a vez de assumir um político mineiro do PRM. Porém, o Partido Republicano Paulista do presidente Washington Luís indicou um político paulista, Julio Prestes, a sucessão, rompendo com o café-com-leite. Descontente, o PRM junta-se com políticos da Paraíba e do Rio Grande do Sul (forma-se a Aliança Liberal ) para lançar a presidência o gaúcho Getúlio Vargas.
Júlio Prestes sai vencedor nas eleições de abril de 1930, deixando descontes os políticos da Aliança Liberal, que alegam fraudes eleitorais. Liderados por Getúlio Vargas, políticos da Aliança Liberal e militares descontentes, provocam a Revolução de 1930. É o fim da República Velha e início da 
Era Vargas.

Presidentes da República Velha:  Marechal Deodoro da Fonseca , Marechal Floriano Peixoto, Prudente Moraes, Campos Salles, Rodrigues Alves , Affonso Penna, Nilo Peçanha, Marechal Hermes da Fonseca , Wenceslau Bráz, Delfim Moreira da Costa Ribeiro, Epitácio Pessoa, Artur Bernardes, Washington Luiz


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República Nova - Era Vargas : Getúlio Dornelles Vargas nasceu em 19/4/1882, na cidade de São Borja (RS) e faleceu em 24/8/1954, na cidade do Rio de Janeiro (RJ). Foi o presidente que mais tempo governou o Brasil, durante dois mandatos. Foi presidente do Brasil entre os anos de 1930 a 1945 e de 1951 a 1954. Entre 1937 e 1945 instalou a fase de ditadura, o chamado Estado Novo.

Embora tenha sido um ditador e governado com medidas controladoras e populistas, Vargas foi um presidente marcado pelo investimento no Brasil. Além de criar obras de infra-estrutura e desenvolver o parque industrial brasileiro, tomou medidas favoráveis aos trabalhadores. Foi na área do trabalho que deixou sua marca registrada. Sua política econômica gerou empregos no Brasil e suas medidas na área do trabalho favoreceram os trabalhadores brasileiros.

Revolução de 1930 e entrada no poder : Getúlio Vargas assumiu o poder em 1930, após comandar a Revolução de 1930, que derrubou o governo de Washington Luís. Seus quinze anos de governo seguintes, caracterizaram-se pelo nacionalismo e populismo. Sob seu governo foi promulgada a Constituição de 1934. Fecha o Congresso Nacional em 1937, instala o Estado Novo e passa a governar com   poderes ditatoriais. Sua forma de governo passa a ser centralizadora e controladora. Criou o DIP ( Departamento de Imprensa e Propaganda ) para controlar e censurar manifestações contrárias ao seu governo.
Perseguiu opositores políticos, principalmente partidários do comunismo. Enviou Olga Benário , esposa do líder comunista Luis Carlos Prestes, para o governo nazista.

Realizações : Vargas criou a  Justiça do Trabalho (1939), instituiu o salário mínimo, a Consolidação das Leis do Trabalho, também conhecida por CLT. Os direitos trabalhistas também são frutos de seu governo: carteira profissional, semana de trabalho de 48 horas e as férias remuneradas.
GV investiu muito na área de 
infraestrutura, criando a Companhia Siderúrgica Nacional (1940), a Vale do Rio Doce (1942), e a Hidrelétrica do Vale do São Francisco (1945). Em 1938, criou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Saiu do governo em 1945, após um golpe militar.

O Segundo Mandato : Em 1950, Vargas voltou ao poder através de eleições democráticas. Neste governo continuou com uma política nacionalista. Criou a campanha do " Petróleo é Nosso" que resultaria na criação da Petrobrás. 

O suicídio de Vargas : Em agosto de 1954, Vargas suicidou-se no Palácio do Catete com um tiro no peito. Deixou uma carta testamento com uma frase que entrou para a história : "Deixo a vida para entrar na História."  Até hoje o suicídio de Vargas gera polêmicas. O que sabemos é que seus últimos dias de governo foram marcados por forte pressão política por parte da imprensa e dos militares. A situação econômica do país não era positiva o que gerava muito descontentamento entre a população.

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República Populista : A República Populista vai de 1945 a 1964. A característica principal dessa fase é que os governos eram escolhidos pelo povo. Esse período é chamado de República Populista em razão de políticos e governantes procurarem se aproximar, de maneira simpática, do “povo”, o qual passa a ter, então, o direito de escolher os governantes. Os presidentes desse período foram : General Eurico Gaspar Dutra, Getúlio Vargas, João Café Filho, Nereu Ramos, Juscelino Kubitscheck de Oliveira, Jânio da Silva Quadros e João Goulart.


Governo JK : O Governo de Juscelino Kubitscheck foi marcado por grandes transformações. Ele incentivou a indústria automobilística; construiu estradas que cortaram o Brasil dos quatro pontos cardeais ao centro de Brasília; abriu 13 mil quilômetros de estradas, mas esse desenvolvimento foi realizado com base no endividamento do Brasil e acompanhado por uma grande devastação ecológica.
A grande obra de JK foi a construção de Brasília, a nova capital do Brasil. Com a transferência da capital do Rio de Janeiro para Brasília, JK pretendia desenvolver a região central do país e afastar o centro das decisões políticas de uma região densamente povoada. Com capital oriundo de empréstimos internacionais, JK conseguiu finalizar e inaugurar Brasília, em 21 de abril de 1960.

O golpe militar de 1964 : A crise política se arrastava desde a renúncia de Jânio Quadros em 1961. O vice de Jânio era João Goulart, que assumiu a presidência num clima político adverso. O governo de João Goulart (1961-1964) foi marcado pela abertura às organizações sociais. Estudantes, organizações populares e trabalhadores ganharam espaço, causando a preocupação das classes conservadoras como, por exemplo, os empresários, banqueiros, Igreja Católica, militares e classe média. Todos temiam uma guinada do Brasil para o lado socialista.
Este estilo populista e de esquerda, chegou a gerar até mesmo preocupação nos EUA, que junto com as classes conservadoras brasileiras, temiam um golpe comunista.
O clima de crise política e as tensões sociais aumentavam a cada dia. No dia 31 de março de 1964 o presidente João Goulart foi deposto por um golpe organizado pelas Forças Armadas.
Começava aí uma das fases mais difíceis da história do Brasil: a Ditadura Militar.


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Ditadura Militar : Podemos definir a Ditadura Militar como sendo o período da política brasileira em que os militares governaram o Brasil. Esta época vai de 1964 a 1985. Caracterizou-se pela falta de democracia, supressão de direitos constitucionais, censura, perseguição política e repressão aos que eram contra o regime militar. Todos os presidentes eram generais do Exército, eleitos por um colégio eleitoral. Sendo assim, o povo não votava mais, para Presidente da República.

Os presidentes militares foram:
·         Marechal Humberto Castelo Branco
·         General Artur da Costa e Silva
·         General Emílio Garrastazu Médici
·         General Ernesto Geisel
·         General João Baptista de Oliveira Figueiredo 

A Redemocratização e a Campanha pelas Diretas Já: Nos últimos anos do governo militar, o Brasil apresenta vários problemas. A inflação é alta e a recessão também. Enquanto isso a oposição ganha terreno com o surgimento de novos partidos e com o fortalecimento dos sindicatos.
Em 1984, políticos de oposição, artistas, jogadores de 
futebol e milhões de brasileiros participam do movimento das Diretas Já. O movimento era favorável à aprovação da Emenda Dante de Oliveira que garantiria eleições diretas para presidente naquele ano. Para a decepção do povo, a emenda não foi aprovada pela Câmara dos Deputados.
No dia 15 de janeiro de 1985, o Colégio Eleitoral escolheria o deputado Tancredo Neves, que concorreu com Paulo Maluf, como novo presidente da República. Ele fazia parte da Aliança Democrática – o grupo de oposição formado pelo PMDB e pela Frente Liberal.
Era o fim do regime militar.


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 Nova República : É o período de 1985 até os dias de hoje. Começa um novo período democrático. Os governos seriam escolhidos pelo povo. Tancredo Neves fora eleito pelo Colégio Eleitoral.
Porém Tancredo Neves fica doente antes de assumir e acaba falecendo. Assume o vice-presidente José Sarney. Em 1988 é aprovada uma nova constituição para o Brasil. A Constituição de 1988 apagou os rastros da ditadura militar e estabeleceu princípios democráticos no país, como o de escolher livre e diretamente seus governantes. Na primeira eleição direta, em 1989, a população elegeu Fernando Collor de Mello como presidente do Brasil. Toda a expectativa do povo em relação à gestão presidencial de Collor foi frustrada, primeiramente com o confisco dos depósitos bancários populares e, logo após, com a denúncia de corrupção no governo. Os Caras-pintadas, na sua maioria, estudantes saíram às ruas para pedir o impeachment de Collor . Collor renunciou ao mandato, tentando escapar da cassação, mas o impeachment já havia sido concluído. Ele foi declarado culpado e então cassado, tendo de se afastar do cargo de presidente. Em seu lugar assumiu o vice, Itamar Franco.
Mais um Fernando governaria o país, desta vez, Fernando Henrique Cardoso, que governou por dois mandatos, de 1994 a 2002.
Em 2002, entra para a história do país a eleição à presidência da república de um ex-metalúrgico e sindicalista Luís Inácio Lula da Silva, o “Lula do PT”, como é conhecido. Seu governo chegou com muitas propostas sociais, quase sempre voltadas para a camada mais sofrida da população.
Em 2010, foi escolhida pelo PT para se candidatar à Presidência da República na eleição presidencial, Dilma Rousseff, sendo que o resultado de segundo turno, em 31 de outubro, tornou Dilma a primeira mulher a ser eleita para o posto de chefe de Estado e de governo, em toda a história do BRASIL.