NATAL - NASCIMENTO DE JESUS
Natal
Originalmente destinado a celebrar o nascimento anual do
Deus Sol no solstício de inverno, o Natal é Comemorado anualmente em 25 de
dezembro, tendo sido adaptado pela Igreja Católica no terceiro século d.C.,
para permitir a conversão dos povos pagãos sob o domínio do Império Romano,
passando a comemorar o nascimento de Jesus de Nazaré. Centro dos feriados de
fim de ano da temporada de férias, o Natal é, no Cristianismo, o marco inicial
do nascimento de Jesus.
As antigas comemorações de Natal costumavam durar até 12
dias, pois este foi o tempo que levou para os três reis Magos chegarem até a
cidade de Belém e entregarem os presentes (ouro, mirra e incenso) ao menino
Jesus. Atualmente, as pessoas costumam montar as árvores e outras decorações
natalinas no começo de dezembro e desmontá-las até 12 dias após o Natal.
Mesmo sendo um feriado cristão, o Natal é mundialmente
comemorado por muitos não-cristãos, sendo que alguns de seus costumes populares
e temas comemorativos têm origens pré-cristãs ou seculares. Costumes populares
modernos típicos do feriado, incluem a troca de presentes e cartões, a Ceia de
Natal, músicas natalinas, festas de igreja, uma refeição especial e a exibição
de decorações diferentes, incluindo as árvores de Natal, pisca-piscas e
guirlandas, visco e presépios.
O nascimento de Jesus
O nascimento de Jesus se deu por volta de dois anos antes da
morte do Rei Herodes, denominado "o Grande". Segundo a Bíblia, antes
de morrer, Herodes mandou matar os meninos de Belém até aos 2 anos de idade, de
acordo com o tempo que apareceu a "estrela" aos magos. (Mateus 2:1,
16-19 - Era seu desejo se livrar de um possível novo "rei dos
judeus").
Ainda, segundo a Bíblia, antes do nascimento de Jesus, o
imperador Octávio César Augusto decretou que todos os habitantes do Império
fossem se recensear, cada um à sua cidade natal. Isso obrigou José a viajar de
Nazaré (na Galileia) até Belém (na Judeia), a fim de registrar-se com Maria,
sua esposa. Deste modo, fica claro que não seria um recenseamento para fins
tributários.
Este primeiro recenseamento fora ordenado quando o cônsul
Públio Sulplício Quirino, governador da província romana da Síria (Lucas
2,1-3). As evidências apontam que nessa ocasião, Quirino fosse um comandante militar
em operações na província da Síria, sob as ordens diretas do Imperador.
A viagem de Nazaré a Belém - distância de uns 150 km -
deveria ter sido muito cansativa para Maria que estava em adiantado estado de
gravidez. Enquanto estavam em Belém, Maria teve o seu filho primogénito.
Envolveu-o em faixas de panos e o deitou em uma manjedoura, porque não havia
lugar disponível para eles no alojamento, ou seja, não havia divisões
disponíveis na casa que os hospedava.
Maria necessitava de um local tranquilo e isolado para o
parto (Lucas 2:4-8). Lucas diz que no dia do nascimento de Jesus, os pastores
estavam no campo guardando seus rebanhos "durante as vigílias da
noite". Os rebanhos saíam para os campos em Março e recolhiam nos
princípios de Novembro.
A vaca e o jumento junto da manjedoura conforme representado
nos presépios, resulta de uma simbologia inspirada em Isaías 1:3 que diz:
"O boi conhece o seu possuidor e o jumento, a manjedoura do seu dono, mas
Israel não têm conhecimento, o meu povo não entende". Não há nenhuma
informação fidedigna que prove que havia animais junto do recém-nascido Jesus.
A menção de "um boi e de um jumento na gruta" deve-se também a alguns
Evangelhos Apócrifos.
A Estrela de Belém e a visita dos Reis Magos
Após o nascimento de Jesus em Belém, chegaram do Oriente a
Jerusalém uns magos guiados por uma estrela que, segundo a descrição do
Evangelho de Mateus, anunciou o nascimento de Jesus e levou os Três Reis Magos
ao local onde Jesus se encontrava.
Os "magos", que vinham do Leste de Jerusalém, não
eram Reis. Julga-se que terá sido Tertuliano de Cartago, que no início do 3.º
Século terá escrito que os Magos do Oriente eram reis. O motivo parece advir de
algumas referências do Antigo Testamento, como é o caso do Salmo 68:29: "Por
amor do Teu Templo em Jerusalém, os reis te trarão presentes."
Os "magos" seriam sacerdotes astrólogos, talvez
seguidores do Zoroastrismo. Eram considerados "sábios" e por isso,
conselheiros de reis. Podiam ter vindo de Babilónia, mas não podemos descartar
a Pérsia (Irã). São Justino, no 2.º Século, considera que os Magos vieram da
Arábia. Quantos eram e os seus nomes, não foram revelados nos Evangelhos
canónicos. Os nomes de Gaspar, Melchior e Baltazar constam dos Evangelhos
Apócrifos.
Deduz-se terem sido 3 magos, em vista dos 3 tipos de
presentes. Tampouco se menciona em que animais os Magos vieram montados. Outro
fator muito importante tem a ver com a existência de uma grande comunidade de
raiz judaica na antiga Babilónia o que, sem dúvida, teria permitido o
conhecimento das profecias messiânicas dos judeus e a sua posterior associação
de simbolismos aos fenômenos celestes que ocorriam.
Tradições e Símbolos Natalinos
Papai Noel
Também conhecido como "Pai Natal" (Portugal),
Papai Noel é uma figura mitológica popular em muitos países, associada com os
presentes para crianças. Como a troca de presentes e muitos outros aspectos da
festa de Natal envolvem um aumento da atividade econômica entre cristãos e não
cristãos, a festa tornou-se um acontecimento significativo e um período chave
de vendas para os varejistas e para as empresas. O impacto econômico do Natal é
um fator que tem crescido de forma constante ao longo dos últimos séculos em
muitas regiões do mundo.
Estudiosos afirmam que a figura do bom velhinho foi
inspirada num bispo chamado Nicolau, que nasceu na Turquia em 280 d.C. O bispo,
homem de bom coração, costumava ajudar as pessoas pobres, deixando saquinhos
com moedas próximas às chaminés das casas. Foi transformado em santo (São
Nicolau) pela Igreja Católica, após várias pessoas relatarem milagres
atribuídos a ele.
A associação da imagem de São Nicolau ao Natal aconteceu na
Alemanha e espalhou-se pelo mundo em pouco tempo. Nos Estados Unidos, ganhou o
nome de Santa Claus, no Brasil de Papai Noel e em Portugal de Pai Natal.
A Roupa
O Papai Noel, até o final do século XIX, era representado
com uma roupa de inverno na cor marrom ou verde escura. Em 1886, o cartunista
alemão Thomas Nast criou uma nova imagem para o bom velhinho. A roupa nas cores
vermelha e branca, com cinto preto, criada por Nast foi apresentada na revista
Harper’s Weeklys neste mesmo ano.
Em 1931, uma campanha publicitária da Coca-Cola mostrou o
Papai Noel com o mesmo figurino criado por Nast, que também eram as cores do
refrigerante. A campanha publicitária fez um grande sucesso, ajudando a
espalhar a nova imagem do Papai Noel pelo mundo.
Nomes do Papai Noel em outros países
Alemanha (Weihnachtsmann, O "Homem do Natal"),
Argentina, Espanha, Colômbia, Paraguai e Uruguai (Papá Noel), Chile (Viejito
Pascuero), Dinamarca (Julemanden), França (Père Noël), Itália (Babbo Natale),
México (Santa Claus), Holanda (Kerstman, "Homem do Natal"), Portugal
(Pai Natal), Inglaterra (Father Christmas), Suécia (Jultomte), Estados Unidos
(Santa Claus), Rússia (Ded Moroz).
Origem da Árvore de Natal
Sobre a procedência da árvore de Natal, a maioria das
versões indicam a Alemanha como país de origem. Uma das versões mais populares
atribui a novidade ao padre Martinho Lutero (1483-1546), autor da Reforma
Protestante do século XVI. Olhando para o céu através de uns pinheiros que
cercavam a trilha, viu-o intensamente estrelado parecendo-lhe um colar de
diamantes encimando a copa das árvores. Tomado pela beleza daquilo, decidiu
arrancar um galho para levar para casa.
Lá chegando, entusiasmado, colocou o pequeno pinheiro num
vaso com terra e, chamando a esposa e os filhos, decorou-o com pequenas velas
acesas afincadas nas pontas dos ramos. Arrumou em seguida papéis coloridos para
enfeitá-lo - era o que ele vira lá fora. Afastando-se, todos ficaram pasmos ao
verem aquela árvore iluminada, a que pareciam ter dado vida. Nascia assim a
árvore de Natal.
Canções de Natal
As canções natalinas são símbolos do Natal e as letras
retratam as tradições das comemorações, o nascimento de Jesus, a paz, a
fraternidade, o amor, os valores cristãos. Os Estados Unidos têm antiga
tradição de celebrar o Natal com músicas típicas.
No Brasil esta tradição só se tornou popular nos anos 1990,
com o Cd 25 de Dezembro lançado pela cantora Simone: Ao lançar, no ano passado,
o disco natalino 25 de Dezembro, a cantora Simone quebrou um tabu. Ao contrário
do que ocorre nos Estados Unidos e na Europa, os cantores brasileiros não têm o
costume de lançar, no mês de dezembro, discos com músicas de Natal.[11] As
canções natalinas tradicionais, no Brasil, estão sendo paulatinamente
esquecidas, com algumas exceções como "Noite Feliz", devido a falta
de interesse popular.
O Presépio
As representações teatrais semilitúrgicas, as esculturas e
quadros que enfeitavam os templos para ensinar os fiéis, serviram de inspiração
para que se criasse o presépio. A tradição diz que o presépio surgiu em 1223,
quando São Francisco de Assis quis celebrar o Natal de um modo mais realista
possível e montou um presépio de palha, com uma imagem do Menino Jesus, da
Virgem Maria e de José, juntamente com um boi e um jumento vivos e vários
outros animais.
O sucesso dessa representação do Presépio foi tanta que
rapidamente se estendeu por toda a Itália. Logo se introduziu nas casas nobres
européias e de lá foi descendo até as classes mais pobres. Na Espanha, a
tradição chegou pela mão do Rei Carlos III, que a importou de Nápoles no século
XVIII. Sua popularidade nos lares espanhóis e latino-americanos se estendeu ao
longo do século XIX e na França, somente a partir do século XX. Em todas as
religiões cristãs, é consensual que o Presépio é o único símbolo do Natal de
Jesus verdadeiramente inspirado nos Evangelhos.
Decorações de Natal
Uma outra tradição do Natal é a decoração de casas,
edifícios, elementos estáticos como postes, pontes e árvores, estabelecimentos
comerciais, prédios públicos e cidades com elementos que representam o Natal,
como por exemplo, as luzes de natal e guirlandas. Em alguns lugares existe até
uma competição para ver qual casa, ou estabelecimento, teve a decoração mais
bonita, com direito a receber um prêmio.
Amigo Oculto ou Secreto
É muito comum no Brasil, a prática entre amigos,
funcionários de uma empresa, colegas de escola e na família, a brincadeira do
amigo oculto ou secreto. A brincadeira consiste de cada pessoa selecionar um
nome de uma outra que esteja participando e presenteá-la no dia, ou na véspera.
É comum que sejam dadas dicas sobre o amigo oculto, como características
físicas ou qualidades, até que todos descubram quem é o amigo oculto. Alguns
dizem características totalmente opostas para deixar a brincadeira ainda mais
divertida. Acredita-se que a brincadeira venha dos povos nórdicos. Porém, é
também uma brincadeira de costumes e tradições de povos pagãos. A brincadeira
se popularizou no ano de 1929, em plena depressão onde não tinha dinheiro para
comprar presentes para todos e se fazia a brincadeira para que todos pudessem
sair com presentes.